Deus inspirou o profeta Ezequiel, no cativeiro babilônico, a preparar as condições, por meio de orações proféticas, primeiro para uma ressurreição espiritual e depois para uma libertação física.

O profeta Ezequiel testemunha: “A mão do Senhor veio sobre mim, e ele me carregou em espírito e me colocou no meio de um vale cheio de ossos. Então me fez passar por eles, ao redor deles, e vi que eram muitos ossos e estavam muito secos.” (Ez 37:1-2)

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Deus deixou atônito o profeta com uma pergunta: “Filho do homem, poderão estes ossos viver?” (Ez 37:3). O profeta, assombrado, expressou sua fé na onipotência de Deus. Então o Senhor lhe ordenou: “Profetiza a estes ossos e dize-lhes: ‘Eis que farei entrar em vós o espírito (de arrependimento), e vivereis. Porei nervos sobre vós, farei carne sobre vós, vos cobrirei com pele e porei em vós o fôlego (de vida), e vivereis. Então sabereis que eu sou o Senhor.’”

A resposta à primeira fase da profecia foi um grande estrondo. Isso sempre acontece quando o verdadeiro arrependimento começa a ser pregado. Mas, ao mesmo tempo, a palavra também provoca os primeiros sinais de vida, isto é, a restauração da ordem de Deus. Imagine uma pilha de ossos sobre uma grande superfície. Os ossos estão espalhados e, de repente, cada um começa a procurar o seu lugar. Eles se movem, colidem uns com os outros e se juntam para formar uma massa de esqueletos. Este é o primeiro sinal de ordem, mas ainda não de vida.

O profeta continua falando com esses esqueletos e observa o que acontece.

“Então olhei, e eis que os tendoes estavam sobre eles, e a carne subiu, e a pele os cobriu, mas não havia neles espírito” (v. 8).

Agora vem a fase de profetizar diretamente ao Espírito.

“Espírito, vem dos quatro ventos e sopra sobre estes mortos, para que vivam!”… Profetizei como ele me ordenou, e o Espírito entrou neles, e eles reviveram. E se levantaram: um exército extremamente grande!” (v. 9-10)

O apóstolo Paulo nos exorta a buscar o dom da profecia. Ao mesmo tempo, ele nos lembra que a Igreja é edificada sobre apóstolos e profetas (cf. Ef 2,20). O Espírito Santo é o mesmo, a onipotência de Deus é a mesma, assim como as promessas de Deus. De nossa parte, a condição é a obediência à Palavra de Deus, isto é, a obediência da fé. Nisso, a mãe de Jesus é o nosso modelo supremo. Em um momento histórico que impactou profundamente toda a humanidade, ela disse seu “genoito”: “Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. Maria acreditava que o Espírito Santo tornaria possível o impossível. Ela não duvidou da palavra de Deus. Na cruz, Jesus a entregou a nós como mãe.

Herdamos uma natureza corrupta de Eva, a primeira mulher, nossa primeira mãe. No testamento de Cristo, Maria nos foi dada como nossa mãe espiritual. O testamento é a palavra de Deus que, como uma espada de dois gumes, penetra nas profundezas do nosso ser, dividindo a alma e o espírito. Foi assim que o discípulo acolheu espiritualmente a mãe de Jesus na cruz, e assim devemos acolhê-la também. O cumprimento do testamento de Cristo é, de fato, um transplante espiritual do novo coração prometido pelo profeta Ezequiel. É um mistério profundo ligado ao mistério do pecado original e à liberdade que Cristo conquistou para nós.

A profecia feita à serpente — o diabo — no Paraíso refere-se à mãe de Jesus: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela; ela te esmagará a cabeça.” Esta palavra de Deus deve ser ouvida. Com nossa mãe Maria, passemos esta hora de oração com fé viva, proferindo as palavras proféticas que nos foram dadas pelo profeta Ezequiel, as quais aplicamos como rhema ao tempo apocalíptico atual. Sim, Deus oferece uma saída!

Esta oração profética tem sido rezada quase diariamente por pequenas comunidades há vários anos. Junte-se a elas. Seja um profeta ou uma profetisa de Deus.

Explicaremos brevemente a oração profética:

Primeiro, tomamos consciência da manifestação da onipotência de Deus na criação do universo e na ressurreição de Cristo.

Ao orar com gestos que nos ajudam a concentrar-nos e com fé, pedimos a restauração das condições básicas da vida espiritual, como enfatizou o profeta Ezequiel. É o espírito de arrependimento que une os ossos dispersos para formar os esqueletos que os sustentam. Eles podem então ser cobertos com tendões, carne e, finalmente, pele. Os tendões simbolizam a oração, a carne simboliza o ensinamento dos apóstolos e a pele, a comunhão fraterna (Atos 2:42). A comunhão implica a celebração do sétimo dia, o dia da ressurreição de Cristo.

Nesta oração, invocamos repetidamente o santo nome de Deus, Yehoshua. Está escrito: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10:13). Jesus nos ordena expulsar demônios e ressuscitar os espiritualmente mortos. Quem são os espiritualmente mortos? Eles são simbolizados pelos ossos secos. São cristãos, isto é, pessoas batizadas, que receberam a vida de Deus, mas o espírito do mundo e o pecado os mataram espiritualmente.

Na parte inicial, Deus ordena ao profeta que profetize aos ossos secos. O processo de reanimação começa, mas os ossos secos eventualmente se tornam meros cadáveres sem vida. A intervenção do Espírito de Deus é necessária: a ressurreição. Portanto, Deus encoraja o profeta a não mais profetizar aos mortos, mas a profetizar diretamente ao Espírito de Deus.

Profetizar ao Espírito é o segundo estágio da oração. Profetizamos para os quatro pontos cardeais, sucessivamente, conforme se ordenou ao profeta. Profetizar para um ponto cardeal leva aproximadamente 15 minutos, totalizando uma hora em que nos dirigimos diretamente ao Espírito de Deus.

A ajuda mais importante para nós é a mãe de Jesus e a nossa própria mãe.

A mãe de Jesus é um novo coração, a nova Jerusalém dentro de nós. No meio dela, há uma coluna de luz e fogo, o lugar do poder onipotente de Deus. A imagem bíblica da nova Jerusalém é um quadrado. Entramos em nome de Deus, no qual devemos expulsar demônios.

Ao pronunciar as sílabas Ye-ho-shu, percebo a presença de Deus.

Ao exalar o primeiro “aaa”, percebo-me na coluna de luz, penetrado pela luz de Deus. Com o segundo “aaa”, percebo a união com Jesus, com a Sua morte. Ao exalar o terceiro “aaa”, coloco-me na coluna de fogo, no centro, e meu espírito percebe a união com o Espírito de Deus.

Yeeee-hoooo-shuuuu-aaaa-aaaa-aaaa!

A exigência do Evangelho é: “Expulsai os demônios”. Reconheço que estou no novo coração, que é a morada do Deus vivo e todo-poderoso. A mãe de Jesus está em mim e, através de mim, cumpre essa exigência e ordena:

“Todas as forças demoníacas neste território, eu ordeno a vocês pelo poder do nome de Yehoshua, saiam daqui e se joguem no abismo do inferno;

primeiro dos ares! — Maria crê, o Espírito o faz. Amém!”

“Saiam do território! — Maria crê, o Espírito o faz. Amém!

“Saiam de todas as pessoas! —Maria crê, o Espírito o faz. Amén!».

“A Virgem Imaculada os ordena: e não voltem jamais! Amém!”.

Depois, rezamos com a mãe de Jesus para que o Espírito Santo encha o ar vazio, o território e todas as pessoas que se encontram nele.

Então, percebemos que Deus nos criou, que pertencemos a Ele, mas o diabo, que é mentiroso e homicida, seduziu os primeiros humanos ao pecado, e através do pecado veio a morte. Seu fruto trágico são ossos secos. Nessa tragédia humana, recorremos ao Pai celestial, que é o único que nos oferece uma saída. Ele deu seu Filho unigênito por nós. Jesus venceu a morte morrendo na cruz.

Recordamos as últimas quatro palavras de Jesus na cruz e o poder da Sua morte. Ao mesmo tempo, reconhecemos que, pelo batismo, nos tornamos membros do corpo místico de Cristo, do qual Jesus é a cabeça e a mãe de Jesus é o coração. A mãe de Jesus estava aos pés da cruz. Ela foi crucificada interiormente com Jesus. Em espírito, ela viveu com Ele o momento da sua morte, isto é, a vitória sobre o diabo e o pecado original. Este mistério da união com a morte de Cristo nos foi dado no batismo: “Pelo batismo,vós fostes submersos na morte de Cristo” (Rm 6,3). No momento da morte, Jesus clama: “Pai, Aba!”

Ao exalar “Aaaa”, percebo a morte de Cristo como uma coluna de fogo que me penetra e me une ao Pai.

Ao exalar “baaa”, percebo que, através da porta da Nova Jerusalém, o poder da morte de Cristo flui em direção aos membros da Igreja de Cristo. “Aaaa-baaa…”

Minhas mãos direita e esquerda irradiam o poder da morte de Cristo, que flui pelas portas laterais. “Aaaa-baaa…”

O poder da morte de Cristo agora flui através das três portas abertas. “Aaaa-baaa…”

O profeta deve dirigir-se então, em obediência, ao Espírito Santo, conforme lhe foi ordenado: “Profetiza ao Espírito, profetiza, Filho do Homem, e dize ao Espírito: ‘Espírito, vem e sopra poderosamente sobre estes mortos, para que vivam!’”

Neste ato de fé, experimentamos nossa união com a mãe de Jesus: “Maria crê, o Espírito o faz”. Jesus veio por meio de Maria e do Espírito Santo para nos libertar da escravidão do pecado e habitar em nós. Este é o propósito de reviver e ressuscitar os ossos secos. Portanto, é necessário começar a profetizar e perseverar; assim, a nação espiritualmente ressuscitará.

 

+ Elias

Patriarca do Patriarcado Católico Bizantino

+ Metodio OSBMr                 + Timoteo OSBMr

Bispos Secretários

 

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